domingo, 15 de maio de 2011

Teorias da Sobredotação

Como já referimos anteriormente, as primeiras classificações de sobredotados eram baseadas no QI, sendo considerado sobredotado aquele que tivesse um QI superior a 140.
Ao longo dos tempos várias teorias foram elaboradas sobre a sobredotação, mas a mais aceite, hoje em dia, é a Teoria do Três Aneis de Renzulli que apareceu em 1978. Segundo esta teoria, a sobredotação é a intersecção entre três características: inteligência, motivação intrínseca e criatividade.
Inteligência como sendo a capacidade de associar ideias complexas, englobando várias áreas de aptidão, nas quais a criança apresenta habilidades excepcionais, ou seja, uma capacidade intelectual acima da média e uma facilidade para aprender muito superior ao resto dos seus colegas. A inteligência engloba capacidades gerais, como raciocínio lógico, fluência verbal, memória, raciocínio abstracto, relações espaciais; e capacidades específicas, como matemática, música, química, dança
A motivação refere-se ao interesse e dedicação que estes alunos manifestam nas várias tarefas instrutivas, incluindo uma grande curiosidade multitemática, altos níveis de interesse, entusiasmo, fascínio e envolvimento num problema particular, perseverança, resistência, determinação, esforço e prática dedicada
A criatividade é a capacidade de elaborar produtos originais e de apresentar um pensamento flexível, durante o processo, ou seja, uma capacidade inventiva muito superior à média, com um alto nível de criatividade como a posse de um pensamento divergente, que favorece a busca de soluções e alternativas originais para um problema.
Mais tarde, e a partir desta, foi elaborada a teoria Multifactorial da Sobredotação, por Mönks, em 1985, que veio adicionar à intersecção das outras três características, a influência e participação da família, pares e escola. Assim, compreendemos que o ambiente social em que a criança se insere também influencia o desenvolvimento destas capacidades, e sem um bom suporte a nível escolar, familiar e dos pares, não há potencial para estas características se evidenciarem. Concluímos, então, que a sobredotação deriva quer dos genes, quer do ambiente em que a criança cresce.


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